segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Superação

Eu ia postar sobre a minha apresentação de dança só no balanço de fim de ano, mas como há outros assuntos, ia ficar muito extenso.
Então vou registrar neste post mesmo. Sei que já estão esgotados do assunto, mas agora só tenho este blog, hehehe. 

Para uma menina que sempre foi mega complexada com o corpo e até hoje não consegue usar um vestido tomara-que-caia ou um shortinho, subir no palco com a barriga de fora e platéia lotada, inclusive com a presença de familiares, foi o que? Não consigo achar outra palavra senão SUPERAÇÃO. Ficar em casa me lamentando? Eu não!!! Eu vou subir no palco e dançar dança-do-ventre na cara da sociedade, kkkkk!! 
E quem sabe eu não tenha encorajado alguma moça como eu que estivesse na platéia... Se eu posso, todas podem. Pra ser feliz é preciso ter coragem, porque o tempo não volta mais.

Para nós mulheres, e especialmente no mundo da expressão corporal, o tempo é cruel. Então algo em mim aceitou o desafio, ainda no início deste ano.
Fomos em maio lá na 25 de março, junto com a professora, comprar nossos tops-e-cinturões e os tecidos para fazer o figurino. Gastei uma nota. Agora não tinha mais volta...

Depois disso foram ensaios e mais ensaios, empolgação e frustração... Como era difícil acertar os passos! Fora a ansiedade, eu não fazia a menor idéia se eu ia travar ou não no palco... Não tinha nem como saber, é coisa de só na hora mesmo!

E chega então a semana do espetáculo... Levei minha câmera pra aula e fotografei nossos figurinos pra professora mostrar pra dona da academia (a toda poderosa Juliana Omati), para aprovação dela:

Para a coreografia da Bengala.

Para a coreografia do Derbak.

E finalmente o grande dia! 
Cheguei tranquila lá no teatro, as meninas estavam lá no nosso camarim, comecei a separar os figurinos, me maquiar (gente, as meninas disseram que eu mando bem em maquiagem! Uhuull! As horas no YT compensaram). Adoro make, então eu muito curti essa parte da produção.

De repente, chega uma das meninas: "Gente, casa lotadaaa!!! A fila lá fora tá dando volta no quarteirão!"

Pronto... Subiu aquele frio na barriga! Minhas mãos gelaram, o coração disparou.
Todas prontas, fizemos uma roda de mãos dadas, a professora puxou o Pai Nosso e Ave Maria e emendou: "Meninas, vamos arrebentaaaaar!!!" UHULLLL!!!

Se apertando no corredor dos camarins pra caber todas na foto, hahahaha!

Soou o primeiro gongo, as portas do teatro se fechavam, ninguém mais podia entrar. 
Minutos depois, soou o segundo gongo, as cortinas se abriram para não mais fechar, e o espetáculo começava!
Nossa dança era a sétima, logo logo seria nossa vez.
Nos dirigimos para as laterais do palco... Chegou nossa vez, as luzes se apagaram e nos posicionamos no palco... Coração batendo muito... Começou tocar a música, as luzes foram lentamente se acendendo... Começava nossa dança!
Agora era fazer como nos ensaios, agora era hora de mostrar todo resultado do nosso trabalho. Só uma palavra comandava o meu cérebro: "Supere-se!"

Fim da nossa primeira dança, a próxima seria a vigésima do espetáculo... Troca o figurino, retoca o cabelo! Meus amigos e familiares estavam na platéia, eu só no whatsapp pra checar se todos entraram. Meu irmão apanhando da câmera, hahaha! Por isso não consegui fotos da primeira dança. 

Segunda dança. Era pra fechar com chave de ouro nossa melhor dança, o Derbak. A professora solta a ordem: "Mexam esses quadris como se eles não te pertencessem!" "Se olhem, se curtam, aproveitem esse momento!"

Ordem dada, ordem cumprida! Demos nosso melhor! Brilhamos literalmente, haja glitter, hahahaha! (Os trem só saíram depois do banho...)

Nunca imaginaria nada disso há um ano atrás. Basta um minuto de coragem, o resto Deus ajuda! 

Embora não desse pra enxergar as pessoas na platéia com os holofotes em cima da gente, uma das meninas disse que dava pra ver a Juliana lá em cima na sala de comando. Ela disse que a mulher sorria de orelha a orelha durante nosso Derbak. E Juliana é uma mulher difícil de agradar, ela fala na cara dura "Não tá bom!", quando não está. Dá mais nervoso dançar pra ela do que para o público... 

Agora faltava só entrar no final para os agradecimentos, grupo por grupo, ao som de "We are the world! - MJ".

Juliana, a mulher do vestido champagne chiquetoso. À direita dela, a teacher Karen.

As cortinas se fecharam, o alívio, a emoção, a felicidade, a vitória. Fizemos uma rodinha ali mesmo no palco, abraçadas, pulando e rodando feito doidas (tipo, dança da chuva?). Lágrimas rolavam, buquê de rosas vermelhas surpresa para a maior responsável por tudo isso: nossa teacher (que se apresentou no palco com a gente em todos os números)! 

E assim encerro esse post-relato, espero que tenha conseguido transmitir como foi toda essa experiência. Ficará numa página especial da minha vida. <3 Como disse uma das meninas que comentaram no face, a dança transforma!

6 comentários:

  1. Meus parabéns pela sua performance, Dri. Se antes era nervosismo e ansiedade, o depois foi pura alegria, superação e sensação de dever cumprido e isso ninguém tira de você. Uma grande experiência você conquistou (falei como Yoda, haha)

    Mais uma vez, meus parabéns!!! \O/

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  2. Só pelas fotos já dá pra dizer que é uma lembrança para a vida toda.
    Que superprodução hein!

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    1. Ah com certeza! Tem que ficar devidamente registrado! :D

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  3. Uhuuu! Mais uma etapa concluída! Achei o máximo! A satisfação deve ser imensaaa...parabéns!!! Em 2015 ninguém te seguraaa...rs

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