segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A Grande Jornada - Capítulo 1: A Crise

Resolvi transformar meu caos espiritual em capítulos de novela, porque no futuro virei aqui consultar, do mesmo jeito que aconteceu em 2012 e em 2007. Minha dúvida era se não deveria chamar "História Sem Fim", mas...

Vamos a um breve resumo de 2012.
Nos meados de 2012, meu espírito estava quebrado, mas de uma forma pontual: o coração. E quando o coração quebra, a parte nossa mais atingida é a autoestima. Só que nesse aspecto eu tinha um pouco mais de knowhow e mobilidade e, aos poucos, fui virando o jogo. A música tema dessa virada foi "The Figher", do Gym Class Heroes, que caiu na minha frente do nada, me tirou do estado de escuridão total e me fez procurar a luz no fim do túnel. 

The Figher (Jason Chen version)

Have you ever felt completely helpless?
So lost in your troubles like life is hopeless.

Have you ever felt no matter how hard you try,
things will never get better
but you still reach for the sky

It's like the whole world is against you
or is it all in your mind?
It's the fear of failing
against the will to survive

But you know there's no easy way out
Even when your mind starts to doubt
When you hit rock bottom 
Raise your head high and 

Give 'em hell!
Turn their heads!
Gonna live life 'til we're dead

Give me pain!
Give me scars!
Then just say to me, say to me, say to me

There goes a fighter
There goes a fighter
Here comes a fighter
That's what they'll say to me, say to me, say to me 

This one's a fighter

Depois uma coisa foi puxando a outra. Procurei, pela primeira vez na vida, uma psicóloga. Uns quatro ou cinco meses de análise me ajudaram a descobrir um pouco mais de mim. Comecei, pela primeira vez na vida, a fazer aulas de dança. Dançar elevou minha autoconfiança e autoestima. Me interessei, pela primeira vez na vida, em estudar fotografia. A fotografia foi lapidando minha visão de mundo. A coroação de tudo isso se deu dois anos depois, quando pude conhecer Nova York e no fim do mesmo ano tive a coragem para subir num palco e me apresentar num espetáculo de dança. Por tabela, novas amizades surgiram, e outras foram fortalecidas.
Vendo assim agora, de longe, parece que foi tudo fácil. Só que não. Foi preciso eu esperar um pouco da dor passar, juntar forças para levantar e me colocar em movimento. Mas as circunstâncias eram outras. Recuperei o emocional, porém uma fratura interna estava sendo ignorada por mim esse tempo todo: a carreira.   

Voltando agora para 2015:
Falta de foco, falta de energia, irritabilidade, impaciência. Eu diria que hoje meu espírito está quebrado da cabeça aos pés. 
Quando se perde as rédeas por um longo período, recuperás-la parece fora de alcance.

6 comentários:

  1. Descobrir coisas novas e absorver elas da melhor forma possível realmente melhora sua auto-estima e confiança, mas manter o espírito elevado não requer só isso. Acho que assim que o tempo vai passando, a ansiedade também aumenta conhecendo que cada idade tem seu cotidiano programado e ficamos pensativo se estamos aproveitando mesmo cada momento ou se estamos desperdiçando tempo. Eu pelo menos penso assim comigo mesmo.

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    1. Acho que todas as fases e questionamentos realmente fazem parte da vida... Afinal, estamos vivos né?

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  2. Own... well, estamos na mesma viagem... o que devo dizer? Acho que aquela frase: Pense no simples. Pra mim ajuda...

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    1. A questão da simplicidade terá um capítulo inteiro dedicado. :-)

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  3. Tiramos algo de bom em algo de ruim q acontece com a gente...se reerguer depende mto de cada um...isso pode ser rápido ou mto lento...isso me lembra a fênix...como um renascimento do caos...e o q mais devemos escutar é aquela voz q vem de dentro dizendo q não está legal...é hora de transformação...o mundo muda quando vc muda...

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    1. Essa última frase não podia ser mais verdadeira, já que vemos muitas coisas de forma equivocada... Expandir a mente sempre ajuda muito a nos reestabelecer e ir em frente!

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